Psicologia do Esporte: Nem tudo é "amarelada"

quarta-feira, julho 18, 2007

Nem tudo é "amarelada"

Em época de Pan Americano, Olimpíadas e demais competições importantes, fica ainda mais evidente alguns comportamentos dos atletas em momentos de pressão. Um dia depois das competições de ginástica, nos perguntamos "por que os atletas brasileiros erram, caem do aparelho, e os americanos não?" A primeira análise a ser feita é a de que essa relação não existe. O atleta não cai porque é brasileiro. Tampouco é perfeito porque é americano. Observando bem, um ginasta tem opções de exercícios para fazer. Algumas mais fáceis e outras mais difíceis. As mais fáceis ele faz sem problemas, mesmo com a torcida gritando muito. As mais difíceis ele pode errar e só são escolhidas quando é necessário fazer muitos pontos. Felizmente, os brasileiros têm o seu dia de superioridade. O Diego Hipólito nem precisava fazer o seu melhor para ganhar o ouro, porque ninguém nas américas ameaça sua posição. O mesmo para Daiane que não participou. É o que acontece com a maioria dos atletas americanos. Eles chegam aqui já exibindo títlos mundiais, como o Diego. Escolhem exercícios "mais ou menos fácéis" e levam o ouro assim mesmo. Para ganhar alguma coisa, os demais atletas precisam fazer o exercício mais difícil que já realizaram. Aquele que às vezes sai, às vezes não. Seguindo este raciocínio, é esperado que não saia no Pan, algumas vezes. E muitas vezes não saiu. Dedicando-se a uma preparação psicológica, a probabilidade de executar bem um exercício é maior. Acredito que a entrada das meninas na trave, por exemplo, teria saído pelo menos uma vez.