Psicologia do Esporte: As condições têm que favorecer o número 1

sábado, fevereiro 11, 2012

As condições têm que favorecer o número 1

Estou vendo a Copa Davis e os Estados Unidos vão dando um banho na Suiça, na Suiça. O Roger Federrer está totalmente dominado e não conseguiu reagir ainda. Chama-me a atenção o fato da Suiça ter escolhido o saibro para jogar. Tudo bem que o Federer é bom em qualquer piso, mas se ele ganhou tantos Grand Slams e "apenas" um Roland Garros, suado, e sem jogar contra Nadal, fica claro que o saibro não é o melhor piso para ele. O problema é que mesmo assim é ele, o melhor jogador suiço, que terá que explicar a derrota, mesmo não tendo jogado nas melhores condições.



Como o número 1 é o mais cobrado, o mais pressionado, o que tem que se explicar quando perde, é ele que deve ter as melhores  condições possíveis na hora de competir. Esse jogo da Copa Davis nos mostra isso. Ninguém vai perguntar a Wawrinka como ele conseguiu perder do Fish ou a dupla, mas o Federrer, sim. Por isso ele deve jogar no melhor piso para ele, no melhor horário, na melhor cidade, etc...

Parece claro? Nem sempre. Depende de que lado nós estamos. Você concorda que a Ferrari prepare o carro para o seu nº1 e deixe de lado o basileiro, nº2? Infelizmente é assim que tem que ser. A pressão é muito maior para Alonso, é ele que tem que vencer. O que Massa fizer está bom, desde que não fique tão distante do seu companheiro, ou será substituído por alguém com estilo mais parecido com o do nº1. Assim, acertando o carro para Alonso ajudaria também ao segundo piloto, o que não acontece hoje.

A luta de Massa é difícil porque terá que se sair bem com um carro que não foi feito para ele, mas a pressão que ele sofre no circuito é muito menor. Seria quase nula se não fossem os  190 milhões de brasileiros que esperam alguma coisa desde 1994. Que falta faz aquele título de 2008!!!