Psicologia do Esporte: Santos e Barcelona

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Santos e Barcelona

O que dizer do jogo Santos e Barcelona?

É certo que o time do Santos já não era aquele, encantador, que ganhou a Libertadores e que deu show no campeonato brasileiro de 2010. Esse é o consolo. Consola-nos também saber que, quando a seleção joga, Daniel Alves está do nosso lado, Messi não participa e nem os outros estrangeiros do Barça. Menos mal, porque dessa vez vimos a grande distância que nos separa do futebol europeu. Chegamos a temer um vexame como esse na Copa, em casa.

A Psicologia do Esporte não pode ajudar muito quando a distância entre as equipes é medida em anos-luz. O que se pode fazer é preparar a equipe antes, para que não entre tão apática e já derrotada, o que dificultaria muito. Também acompanhar os derrotados depois, para que não se achem os piores do mundo por muito tempo, dificultando o trabalho futuro.

Do lado dos vencedores, tudo são flores, mas mesmo assim é importante controlar o ego, para que o "já ganhou" não domine. Eles precisam estar focados para enfrentar os próximos adversários, alguns mais difíceis do que o Santos. Aliás, muito provavelmente as derrotas do Barcelona nessa competição se devam à falta de atenção, muito mais do que à pouca competência. E isso é o que se deve evitar. Este Barcelona já aprendeu que se não entrar focado pode ser derrotado pelo Getafe ou pelo Hércules.

Uma coisa é certa: o Santos evoluiu ao não dar pontapés, ao não apelar para a violência e ao não ter jogadores expulsos. Isso pode ter custado alguns gols a mais, porém, é uma evolução significativa.

Resta saber o seguinte: O que vai acontecer com o nosso craque, Neymar? Quanto tempo demorará para digerir essa derrota e repetir suas atuações? E sobre o velho ditado "se não pode com o inimigo, junte-se a ele" será que o Neymar não está nem um pouco arrependido de ter perdido a oportunidade de se juntar a eles? Essa é mais uma questão a ser pensada.