Enquanto Sarah Menezes comemora a inédita medalha de ouro para o Judô feminino, Diego Hypólito lamenta mais uma queda no solo em Jogos Olímpicos: "Amoleceu minhas pernas". Sinceramente, acho que ele não deveria e nem merecia passar por isso.
É lamentável que algumas pessoas façam comentários agressivos no Twitter ou que a imprensa fale em "fracasso", mas está claro que, se completasse o exercício, tanto em Pequim quanto em Londres, já eram dois ouros no bolso.
Um atleta olímpico não deve pensar em medalhas se nos últimos quatro anos não tiver sido acompanhado por um técnico, um preparador físico, um nutricionista e um psicólogo, pelo menos. Todos de competência comprovada e com as devidas condições de trabalho. Caso contrário, o risco de "amarelar" é grande.
Isso significa que um psicólogo não pode ser chamado para acompanhar a delegação inteira, conhecendo os atletas apenas no voo para a cidade sede. Nem ter encontros esporádicos, quando o técnico "deixa" uns minutinhos vagos. É preciso haver planejamento e continuidade, assim como ocorre com a preparação física.
Outro resultado que pode não vir por falta do devido acompanhamento psicológico é o do futebol, tanto feminino quanto masculino, mas nem vou falar a respeito que é para não "secar".
